domingo, 9 de novembro de 2008

A maratona da Chuíça

São Paulo tem a elite e a classe média (que acha que é mais elite do que a própria elite) mais separatista e preconceituosa do Brasil. Tanto que a maior cidade do país é também conhecida como Chuíça (uma mistura de PIB da China com o IDH da Suíça).
A “nata” da sociedade paulistana chega ao ponto de quando uma favela em uma área central da cidade se rebela contra uma ação de despejo da polícia, a imprensa noticia o fato como os favelados que atrapalharam o trânsito dos pobres trabalhadores.
E um exemplo de como essa corrente está se fortalecendo na cidade, é quando verificamos que ela tomou conta da principal via de acesso ao centro da metrópole. O “Partido Pela Separação de São Paulo do Resto do Brasil” simplesmente fecha a 23 de Maio sempre quando quer dar uma corridinha. Antes eles se contentavam com o Parque do Ibirapuera. Mas resolveram ampliar o playground. Patrocinados por fábricas de tênis, eles pegam um domingo de vez em quando e, simplesmente, fecham a via até o meio-dia para brincar um pouco.
O que será que o núcleo intelectual, político, econômico e cultural da cidade vai dizer se fecharem a 23 para fazer uma feira nordestina? Ou alguma atividade que envolva os pobres? Não, eles iriam atrapalhar o trânsito da cidade. O movimento para separar São Paulo do Brasil está ganhando terreno a cada dia. O próximo passo é eleger José Serra como presidente. A periferia tem de abrir o olho, pois eles não estão no planejamento do novo país. Porque eles atrapalham o trânsito.

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